Eu não deixei de achar graça nas coisas. . . Simplesmente hoje eu quero ser levado a sério

Eu já ouvi coisas que não gostei, por pessoas que eu não queria ouvir jamais, já fui rejeitada, renegada, já fui largada aos prantos com uma intensa vontade de largar tudo e fugir, correr, e quem sabe morrer. Não quero fãs, nem piedade, já fiz muitas besteiras, já menti aos montes, mas quem nunca foi um adolescente com suas rebeldias e revoltas sem causas?
Já acreditei em quem não merecia, já afastei pessoas que estariam comigo até o fim, e estão até hoje, mas com mudanças extremas, pois nada volta a ser como era antes; já trai a confiança de pessoas importantes por motivos considerados no momento para mim maiores do que a minha traição.
Nunca fui por ninguém, assino em baixo de todas as coisas que fiz; 'Tenho a plena consciência de que fiz tudo o que se segue com toda a minha sanidade', apesar de ser essa a minha principal acusação.
Já optei por coisas e consequentemente abrir mão de tantas outras, mas senti; senti mais ainda quando isso não foi uma opção e sim a consequência de um ato meu, fiquei pior quando percebi que esse ato excluiu todas as outras coisas que eu já havia construído, e por um tempo indeterminado, eu perdi uma das pessoa que eu mais amo no mundo, estragando tudo como eu sempre faço e faço muito bem.

Fui poeta, sonhadora, dancei ao som de belas músicas em cima de apenas meus dedinhos exprimidos, já brinquei de ser feliz, e me acostumei com essa brincadeira, já usei a máscara do sorriso, já fingi que estava bem quando na verdade não estava, tentei ser o que eu era em um passado bem distante, e me dei conta que eu amadureci e mesmo que eu tivesse o dom de voltar ao passado eu não iria me acostumar com aquela velha eu, não deixei de acreditar nas coisas simples e nem de sorrir quando necessário, habitualmente choro por motivos íntimos e se acentua quando estou de TPM; prefiro pensar no presente, no hoje, sou uma menina mulher ainda que me digam ao contrário, sou a princesinha da avó.